11 junho 2023

Chicão

Primeira banda desenhada publicada por Ângela Cardinhos, realizada no âmbito de um estágio de Educação e Formação de Adultos, que decorreu entre Novembro de 2021 e Janeiro de 2022.
Glosando o nome de um jovem político de direita com carreira meteórica, Francisco Rodrigues dos Santos (Chicão para os amigos), a autora parte de um universo intimista e romântico, cruzando-o com diversas temáticas candentes da actualidade, como sejam os problemas das famílias nucleares, a depressão, a solidão, o papel que os animais domésticos representam, a omnipresença da tecnologia e dos gadgets, a novilíngua capitalista, entre outros.
A banda desenhada começa com duas páginas com desenhos a negativo de um par em cenas românticas, seguindo-se, ainda em tons nocturnos, a localização numa rua popular. Depois um quarto, que parece o quarto de Van Gogh em Arles.
Apesar da designação Chicão, as questões de índole politico partidárias, não são exploradas, surgindo apenas na sua vertente simbólica, seja um cartaz na sala, com o símbolo da Juventude Monárquica; ou um pequeno pin do CDS/PP, que cai acidentalmente de uma camisola. Símbolos de pequenos partidos de causas perdidas.
A narrativa vai avançando em tom intimista, com alguns lampejos inquietantes aqui e ali, mas nada nos prepara para o desfecho trágico e surpreendente da história. Em suma, uma estreia muito auspiciosa de Ângela Cardinhos.
Chicão, Maio de 2022, 44 págs., impressão a preto & branco, 14,9x21cm., Edição: Chili Com Carne [MdC #33].

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