O Hábito Faz o Monstro
Este número abre com os desenhos "O Hálito Faz o Monstro" de Flip Quaresma. Segue-se "O Vómito Desaparecido" uma apropriação de uma banda desenhada clássica onde João Alves oblitera o rosto dos personagens para uma massa viscosa e indistinguível. O texto e os diálogos também são modificados, retirando-lhes qualquer sentido lógico e verosímil. A desconexão dos diálogos com as imagens, reforça o carácter lúdico e delirante.
Lucas Almeida apresenta a banda desenhada "O Jovem Queria Dor", percorrendo as vicissitudes do processo criativo e artístico, e das "dores" que inquietam os jovens criadores.
O Hábito Faz o Monstro #5, Abril de 2006, 20 págs, fotocópia a preto & branco; capa pintada manualmente, 21x29,7cm. Tiragem: 20 exemplares. Porto.
O Hábito Faz o Monstro #7
O Hábito Faz o Monstro #7 é especialmente dedicado à temática amorosa, protagonizado por um jovem perdidamente apaixonado e que não consegue lidar com as suas emoções exacerbadas. Excessivo, enxurradas de palavras, torrentes de conceitos teóricos, misturados com violência, canibalismo e sodomia, e contando com um Diabo vigorosamente apostado em torturar o jovem criador com toda a teoria metafísica do amor.
Segundo Lucas Almeida, o discurso do Diabo baseia-se num trabalho académico realizado para a disciplina de "Teoria da Cultura" e nas leituras de textos de Georg Simmel, Peter Sloterdijk e Arthur Schopenhauer.
O desenho da capa corresponde a uma apropriação da imagem de um poster de concerto dos The Cramps.
O Hábito Faz o Monstro #7, Novembro de 2006, 24 págs, fotocópia a preto & branco, 14,9x21cm. Tiragem: 50 exemplares. Carcavelos
O Hábito Faz o Monstro #15
Integralmente constituído por desenhos de Lucas Almeida realizados em 2009, durante uma viagem de comboio entre Nova Iorque e o Canadá. Na primeira parte da publicação, os desenhos reflectem uma vincada urbanidade, com todo o bulício citadino, gente de todas as cores e feitios num rodopio incessante.
No meio desta multidão, rodeados de ruído permanente, todos são estranhos e anónimos, ninguém se destaca e todos procuram singrar na cidade grande. Por vezes, de forma imprevista, acontece algo inesperado, uma epifania, uma mão estendida, um abraço. Alguém é colocado num pedestal, preparado para um instável jogo de equilíbrio, com queda garantida a qualquer instante.
Conforme a viagem progride, distanciamo-nos de uma bruma cinzenta que enovoa o horizonte que se afasta, penetrando-se nos subúrbios de cidades perdidas à margem da linha. Vislumbres de pequenos jardins e parques, um alpendre vazio...Uma paisagem que se vai alterando progressivamente - agora mais aberta e bucólica, mas mesmo assim de uma naturalidade desolada e invernosa.
Integralmente constituído por desenhos de Lucas Almeida realizados em 2009, durante uma viagem de comboio entre Nova Iorque e o Canadá. Na primeira parte da publicação, os desenhos reflectem uma vincada urbanidade, com todo o bulício citadino, gente de todas as cores e feitios num rodopio incessante.
No meio desta multidão, rodeados de ruído permanente, todos são estranhos e anónimos, ninguém se destaca e todos procuram singrar na cidade grande. Por vezes, de forma imprevista, acontece algo inesperado, uma epifania, uma mão estendida, um abraço. Alguém é colocado num pedestal, preparado para um instável jogo de equilíbrio, com queda garantida a qualquer instante.
Conforme a viagem progride, distanciamo-nos de uma bruma cinzenta que enovoa o horizonte que se afasta, penetrando-se nos subúrbios de cidades perdidas à margem da linha. Vislumbres de pequenos jardins e parques, um alpendre vazio...Uma paisagem que se vai alterando progressivamente - agora mais aberta e bucólica, mas mesmo assim de uma naturalidade desolada e invernosa.
0 comentários:
Enviar um comentário