11 outubro 2025

Crack!

Crack! #2
Neste segundo Crack! há espaço e incentivo para o envio de correspondência, com críticas e sugestões, e troca de ideias com os leitores. O fanzine não pretende focar-se apenas na vertente musical, procurando analisar e reflectir sobre a situação política nacional e internacional. Neste contexto, os artigos "1992: Crise-Espetáculo" de Mutante Noé e "A História Deles" de Kraal Kobalt, são importantes reflexões sobre o contexto histórico vivido na época. Há também diversos reportes de ocupações em várias cidades europeias e de algumas actividades desenvolvidas pelo movimento anarco-punk em Portugal.
O texto "500 Anos de Resistência Índia" aborda os massacres e a violência exercida sobre as populações indígenas das Américas.
Mutante Noé entrevista membros do grupo "Hunt Saboteurs" de Edimburgo, célebre pela sua actuação em caçadas organizadas no Reino Unido.
A Comunidade Europeia e as suas regras restritivas para a entrada de estrangeiros e as normas rígidas do mercado único são criticadas veementemente.
Seguem-se diversas entrevistas: - à banda húngara Trottel, aos ingleses W.O.R.M., e a duas bandas de Lisboa: Corrosão Caótica e X-Acto; e duas bandas do Porto: Humor Cáustico e Kristo Era Gay.
Artigos sobre Ice-T, Pigface, Malhavoc, a anteceder as habituais páginas dedicadas a críticas a novas edições discográficas e também a fanzines e livros. Em suma, uma das melhores publicações dentro desta área.
Crack! #2,
 Outono de 1993, 24 págs, fotocópia a preto & branco, 21x29,7cm. Edição: Colectivo Crack! Porto.

Crack! #3 

Fanzine libertário de excelente qualidade, produzido por Mutante Noé, Vasco Rodrigues e Luis Moreno. O Crack! é bastante sólido e bem escrito, com textos de temática política, tecnologia, modos de vida e divulgação de discos, livros e publicações alternativas. Nas primeiras páginas, são abordados os problemas habituais da acção libertária e a dificuldade verificadas para quebrar o imobilismo social. 
Referem o relativo fracasso das Jornadas Libertárias realizadas no Porto. Mencionam as casas ocupadas e divulgam diversas notícias e contactos internacionais.
Sob o título "New Age Travellers" são entrevistadas duas inglesas nómadas que passaram pelo Porto em finais de 1994. Depois é publicado um artigo sobre uma ocupação e reabilitação de uma velha escola pública abandonada no País Basco.
Ian McKaye dos norte-americanos Fugazi responde a algumas questões colocadas por escrito pela redacção do Crack! Segue-se nova entrevista aos membros da banda japonesa Zeni Geva e também aos Neurosis.
A secção dedicada à divulgação de fanzines inicia com um texto de reflexão sobre a feitura e publicação de fanzines (O Estado da Cena), seguida de um destaque ao fanzine "Naturanimal" e uma pequena entrevista à respetiva editora. Várias outras publicações nacionais como "ZWF", "Atitude Alternativa", "Morte à Censura", "Global Riot / Revolta" e "Kanibal", merecem destaque.
A parte dedicada à música começa com 3 perguntas a 3 bandas: Alcoore, Hud Sabão e aos Renegados de Boliqueime. A secção dedicada à crítica e divulgação de edições discográficas abrange um espectro que vai do punk / hardcore, hip hop, noise / grind, rock, até spoken word.
Este número termina com a divulgação de diversas publicações e livros e também a filmes e vídeos.
Crack! #3, Agosto de 1995, 24 págs, fotocópia a preto & branco, 21x29,7cm. Edição: Colectivo Crack! Porto.

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