O Moscardo
Excelente fanzine informativo da responsabilidade de Arlindo Horta e de Jorge Guimarães. No editorial, referem que "Gostaríamos de ser incomodativos. Não negamos ser esse o nosso principal objectivo. Acreditamos que Portugal só irá p'rá frente se houver uma agulha que lhe pique o cú. Não será presunçoso dizer que pretendemos ser pelo menos um alfinete no que se aplica à BD portuguesa".
Nesse contexto, descascam em Rui Brito e em Miguel Esteves Cardoso, nos espanhóis editados em Portugal, no Clube Português de Banda Desenhada (CPBD) e em quem mais lhes aparecer à frente!
Projectam e especulam sobre o futuro ano 1992, designadamente sobre os próximos lançamentos da Meribérica, a grande editora dos anos 90, e rezam para que a Editorial Futura resista.
No artigo "Notícias do Clube", O Moscardo expõe toda a falta de entusiasmo, podridão e oportunismo que grassava no CPBD.
Na rúbrica "Ecus" são publicadas pequenas críticas e elogios a algumas edições lançadas no mercado nacional, destacando-se o surgimento de LX Comics.
Em complemento a todo este manancial informativo, são também apresentadas duas bd da autoria de Arlindo Horta.
O Moscardo #1, Junho de 1990, 26 págs., fotocópia a preto & branco, 21x29,7cm. Tiragem: 100 exemplares. Amadora.
O Moscardo #2
O segundo e último número de O Moscardo dá continuidade à linha assumida na edição anterior - um fanzine formativo e não divulgativo. Há também quem veja n' O Moscardo um dos raros fanzines de crítica de bd alguma vez existente em Portugal. No entanto, nas suas páginas não encontramos muitas críticas - apenas "A Febre de Urbicanda" de Schuiten e Peeters e à série "Os Companheiros do Crepúsculo" de F. Bourgeon.
De resto, escreve-se muito sobre o ecossistema social da banda desenhada nacional - os clubes, os festivais, a Meribérica e as Selecções da BD, as cromices, as tricas e as zangas dos bedéfilos, etc. Critica-se também o estado da crítica de bd em Portugal, considerada como inexistente ou de fraca qualidade.
Nos textos apresentados, sobressai sempre um refinado sentido de humor e um forte sentido de autoirrisão, que nos coloca um sorriso desconcertado no rosto.
Pelo meio, publicam-se algumas pranchas de banda desenhada, com destaque para uma "obra inédita" de António Jorge Gonçalves.
O Moscardo #2, Setembro de 1990, 30 págs., fotocópia a preto & branco, 21x29,7cm. Amadora.
O Moscardo #2
O segundo e último número de O Moscardo dá continuidade à linha assumida na edição anterior - um fanzine formativo e não divulgativo. Há também quem veja n' O Moscardo um dos raros fanzines de crítica de bd alguma vez existente em Portugal. No entanto, nas suas páginas não encontramos muitas críticas - apenas "A Febre de Urbicanda" de Schuiten e Peeters e à série "Os Companheiros do Crepúsculo" de F. Bourgeon.
De resto, escreve-se muito sobre o ecossistema social da banda desenhada nacional - os clubes, os festivais, a Meribérica e as Selecções da BD, as cromices, as tricas e as zangas dos bedéfilos, etc. Critica-se também o estado da crítica de bd em Portugal, considerada como inexistente ou de fraca qualidade.
Nos textos apresentados, sobressai sempre um refinado sentido de humor e um forte sentido de autoirrisão, que nos coloca um sorriso desconcertado no rosto.
Pelo meio, publicam-se algumas pranchas de banda desenhada, com destaque para uma "obra inédita" de António Jorge Gonçalves.
O Moscardo #2, Setembro de 1990, 30 págs., fotocópia a preto & branco, 21x29,7cm. Amadora.




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