Succedâneo

Succedâneo #0

João Bragança lança as linhas mestras para o que serão os números iniciais do Succedâneo: - banda desenhada experimental e minimalista e non-sense, algumas ilustrações, a sexualidade sempre presente, de forma mais ou menos explicita e alguma atenção à contemporaneidade.

Succedâneo #0, Abril de 1996, 16 págs, fotocopiado a preto & branco, 10,5x14,8cm, 3.ª Tiragem, Porto. [1.ª tiragem: 50 exemplares; 2.ª tiragem: 100 exemplares; 3.ª tiragem: 50 exemplares].

Succedâneo #1

A pedido de várias famílias temos o Succedâneo menos 1, e um editorial que se assemelha a um anúncio da necrologia dos jornais. Mas o Succ ainda vai ter uma longa vida. As  BD de João Bragança continuam no habitual estilo livre de linearidade narrativa e de sentido literal. As referências à Escola Superior de Educação do Porto, onde J.B. estudava são frequentes do que é habitual. Há também uma composição sobre uma ida à praia em estilo aluno da primária, com erros ortográficos e tudo.

Succedâneo #-1, Novembro de 1996, 12 págs, fotocopiado a preto & branco, 10,5x14,8cm, 4.ª tiragem, Porto. [1.ª tiragem: 220 exemplares; 3.ª tiragem: 50 exemplares; 4.ª tiragem: 50 exemplares; 5.ª tiragem: 50 exemplares].

Succedâneo #2

O Succedâneo n.º -2 teve uma tiragem única de um exemplar, reproduzido em fotocópia sobre papel preto.
As matrizes originais foram destruídas, só resta o fanzine propriamente dito.
Foi editado em Janeiro (?) de 1997 (in http://succedaneo.blogspot.com/)

Succedâneo #3

Succedâneo a abrir com uma montagem adaptada de Sebastião Salgado, denunciando as desigualdades entre os ricos e os outros. Nas páginas centrais, uma prancha de Zé Pireza e os antropófagos, publicada em 1929 no suplemento infantil do Jornal O Século. Depois, uma BD em traço minimalista, mas cheia de sentido poético. 

Succedâneo #3, Março de 1997, 12 págs, fotocopiado a preto & branco, 10,5x14,8cm, Tiragem: 50 exemplares (3.ª edição), Porto.

Succedâneo #4

Número que assinala um ano de vida do Succedâneo. Além dos trabalhos de João Bragança, há também as colaborações de Xana, um conto visual de Dano e Pipa intitulado "Manual de Instruções para Amores Banais", que é a peça central deste número, e para finalizar algumas ilustrações de Raúl Siva e Xana.

Succedâneo #4, Maio de 1997, 24 págs, fotocopiado a preto & branco, 10,5x14,8cm, Tiragem: 50 exemplares (2.ª edição), Porto.

Succedâneo #5

Neste número, João Bragança (J.B.) conta com as colaborações de Pipa e de Rute Pim.
Na capa, é inserido um desenho feito à vista de gravura rupestre de V.N. Foz Côa e logo depois uma BD traça uma brevíssima história da humanidade, mais atenta às pequenas insignificâncias da vida do que aos grandes feitos.
A representação fálica é recorrente, bem como a temática amorosa e sexual. A linguagem e as imagens publicitárias são apropriadas e subvertidas.

Succedâneo #5, Julho de 1997, 16 págs, fotocopiado a preto & branco, 10,5x14,8cm, Tiragem: 200 exemplares (1.ª edição), Porto.

Succedâneo #6

Neste Succedâneo com apenas 12 páginas, apresentando 2 ou 3 gravuras, uma fotografia do que parece ser um cadáver no meio da vegetação, depois uma pagela do Padre Cruz, um ex-libris abrasonado, um mapa de uma cidade imperceptível, nenhum texto e na última pagina um pequeno desenho.

A edição mais singela do Succedâneo. 

Succedâneo #6, Setembro de 1997, 12 págs, fotocopiado a preto & branco, 10,5x14,8cm, Tiragem: 50 exemplares (3.ª edição), Porto.

Succedâneo #7

Neste número, é apresentada uma fotonovela dos anos 70/80 com os diálogos alterados radicalmente até não fazerem qualquer sentido. Seguem-se algumas ilustrações de Pipa e uma pequena banda desenhada de João Bragança intitulada "Uma Estória Bonita." que parte da visualização do filme "Non, Ou a Vã Glória de Mandar" e segue para a morte de alguém conhecido.
A capa reproduz uma célebre imagem do artista alemão John Heartfield, mimetizada inúmeras vezes, como nas capas dos discos "Direito ao Deserto" dos Xutos & Pontapés ou no disco homónimo dos System Of A Down.

Succedâneo #7, Novembro de 1997, 16 págs, fotocopiado a preto & branco, 10,5x14,8cm, Tiragem: 50 exemplares (2.ª edição), Porto.

Succedâneo #8

A abrir, "O Roubo do Marquinho" um texto deveras delirante assinado por Romana, onde o Marquinho é o vibrador desaparecido, que acaba substituído pelo progenitor. Seguem-se BD de João Bragança em estilo minimalista, com desenho muito simples e texto esparso. Pelo meio surgem alguns apontamentos artísticos e outras em estilo publicitário, mas com o conteúdo subvertido, alterando o sentido original. 

Succedâneo #8, Janeiro de 1998, 16 págs, fotocopiado a preto & branco, 10,5x14,8cm, Tiragem: 300 exemplares, Porto.

Succedâneo #9

À semelhança do número anterior, as BD de João Bragança, são curtas e com desenho minimalista, muitas vezes com pendor existencialista e alguma sexualidade à mistura. Desta vez, apresenta também uma espécie de catálogo de tipologias de vaginas com o título de "Against Hímen Apartheid".

Succedâneo #9, Março de 1998, 16 págs, fotocopiado a preto & branco, 10,5x14,8cm, Tiragem: 50 exemplares (2.ª edição), Porto.

Succedâneo #10 e #11

Número duplo que assinala a despedida da ESEP, marcando um momento de mudança, de alguma  esperança, mas também de uma certa nostalgia académica. Os amores perdidos, ou que não chegam sequer a acontecer, as dificuldades económicas, o tempo que não espera.
São publicados desenhos, textos ilustrados, uma carta de amor, fotomontagens, figuras e desenhos técnicos e uma pequena BD.

Os colaboradores são: Pipa; Alguém que Risca; O Homem a Quem Chamaram Anti e Menino dos Olhos Tristes.

Succedâneo #10 e #11, Maio e Julho de 1998, 20 págs, fotocopiado a preto & branco, 10,5x14,8cm, Tiragem: 200 exemplares (1.ª edição), Porto.

Succedâneo #15

Logo a abrir, colado no verso da capa, um Succ-Succ (brinquedo óptico), para experimentar e habilitar-se a um prémio!

Depois, uma narrativa desenhada de Pipa sobre o povo cenário. Depois uma inserção de um postal brilhante com uma seta verde pintada.

João Bragança apresenta uma pequena bd sobre arrumadores de carros e moedinhas.

Neno apresenta uma série de quadros, desde desenhos, colagens, fotografias sobre as marcas obrigatórias a ostentar na testa por todos os cidadãos potencialmente perigosos.

Uma pequena fotografia original colada, de um pedaço de céu nublado. Seguem-se mais duas sequências, a primeira com colagens e frases afirmativas e reivindicativas. A encerrar, uma banda desenhada com correspondência truncada e trocada.

Succedâneo #15, Março de 2000, 28 págs, fotocopiado a preto & branco, capa em papel reciclado impresso a cores, 10,5x14,8cm, Tiragem: 250 exemplares (20 tiragem de luxo), Porto.

Succedâneo #17

Começando com uma BD sem texto de João Bragança, onde um personagem senta-se num banco e golpeia a perna, ficando a esvair-se em sangue. Segue-se um pequena BD passada à entrada da Faculdade de Medicina, onde um sentimento de amor pode ser explicado como uma vulgar doença fisiológica.

Na página seguinte, somos "presenteados" com alguns cabelos e unhas de Joanes.

Utilizando colagens com imagens e textos, Pipa apresenta uma sequência onde a pele mergulhada na banheira, enrugada e pouco sensível, é reflectida através de anéis de fumo de cigarro.

João Bragança solta a franga e encerra com o jogo do galo.

Nas páginas centrais, a descrição de um projecto artístico efémero, com um pedaço de rolha apenso como recordação da obra.

Segue-se uma narrativa em aberto, onde são deixadas pistas e retângulos para os leitores completarem a história e enviarem ao editor - a melhor ganha um prémio!

Um texto intitulado " A Fotografia foi Alquimia", com a colagem de fotocópia a cores de uma borboleta.

Para terminar uma banda desenhada com ovos e protuberâncias a crescer na cabeça.

Succedâneo #17, Julho de 2000, 32 págs, fotocopiado a preto & branco, capa a cores, 10,5x14,8cm, Tiragem: 250 exemplares (20 tiragem de luxo), Porto.

Succedâneo #18

Este número começa imagens de pinturas em barcos moliceiros da ria de Aveiro. Depois, uma banda desenhada "As Aventuras na Tasca da Ponte", versando sobre os entraves colocados à entrada dos estabelecimentos nocturnos.
"Arquétipos de Fotografia", é um breve estudo sobre as imagens utilizadas em cartazes de festas em honra de santos e festas populares. Na página oposta está colada uma imagem fotográfica de uma banda filarmónica.
Pipa publica a crónica de uma viagem no comboio suburbano que sai da Estação da Granja e passa em 4 estações e 6 apeadeiros.
"Mulher" são 12 quadros de uma mulher de costas com um soutien, e um cometário relativamente ao tipo que a classifica.
Nas páginas centrais, uma folha para destacar e para executar uma escultura instantânea (para armar ao pingarelho), conforme as instruções em anexo.
A história de um veterano de guerra, piloto de helicópteros de combate a incêndios e da sua filha nascida fora de tempo, o puritanismo das pequenas povoações, as festas da aldeia e a descoberta da sexualidade em "Tubo de Escape".
Uma colecção de postais de paisagens e momentos idílicos, para os quais João Bragança inventa uma história de amor.

Succedâneo #18, Setembro de 2000, 40 págs, fotocopiado a preto & branco, capa a cores, 10,5x14,8cm, Tiragem: 250 exemplares (20 tiragem de luxo), Porto.

Succedâneo #21

Succedâneo #21, Março de 2001, 52 págs, fotocopiado a preto & branco, 10,5x14,8cm, Tiragem: 200 exemplares (20 tiragem de luxo), Porto.