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16 outubro 2024

Dossier Top Secret

Dossier Top Secret #34
O destaque deste número do Dossier Top Secret é a conexão espanhola, materializada na publicação da bd "Mas Vale Tarde..." com texto de J. Machota e desenho de M. Andreia, sobre um grupo de soldados entrincheirados, que tiram à sorte qual deles vai sair do buraco para "calar" uma metralhadora.
Também há notícias sobre novas edições do fanzine valenciano "ComicGuia - Caderno de la Historieta" e do fanzine brasileiro "LSD - Luz, Sombra & Dimensão".
A fechar uma banda desenhada curta "Companhia BC" da responsabilidade do editor Victor Borges.
Dossier Top Secret #34, Fevereiro de 1990, 16 págs, fotocópia a preto & branco; capa em papel colorido, 14,9x21cm. Almada. 

Dossier Top Secret #46
O Dossier Top Secret é uma publicação mensal de divulgação jovem / BD, com direcção de Victor Borges. Neste número, publica duas bandas desenhadas e alguns desenhos do portfólio de Pedro Dias. A primeira bd, intitulada "O Ás de Ouros" com texto de Carlos Neto e desenho de Pedro Dias, começa com um galo a cantar fora de horas, seguida de uma tentativa de assassinato que dá para o torto e uma sessão de tortura para obter informações.
A segunda bd, "Máscaras ao Luar - Conto de Carnaval" da autoria de Vítor Andrade, foi originalmente publicada no fanzine Ritmo. Enquanto percorrem as ruas da cidade, uma personagem mascarada vai divagando filosoficamente sobre a vida, sobre a amizade e o amor, enquanto um pierrot escuta pensativamente, permanecendo solitário no cais enquanto a outra personagem se afasta numa barca em direcção ao horizonte longínquo.
Dossier Top Secret #46, Fevereiro de 1991, 16 págs, fotocópia a preto & branco; capa em papel colorido, 14,9x21cm. Almada.

Dossier Top Secret #51
Número dedicado a José Carlos Fernandes, apresentando uma entrevista ao autor, ainda a dar os primeiros passos na banda desenhada. "Singin' In The Rain (As the Ozone Layer Grows Thinner)" é a história publicada, em jeito de catástrofe ambiental e efeitos psiquiátricos ainda por apurar.
Dossier Top Secret #51, Maio de 1992, 16 págs, fotocópia a preto & branco; capa em papel reciclado, 14,9x21cm. Tiragem: 250 exemplares. Edição: J. Machado-Dias / Pedra Pomes. Almada.

01 outubro 2024

Reator

Há 33 anos era lançado o número comemorativo do primeiro aniversário do fanzine Reator, com a oferta de um poster A3, com uma montagem gráfica das capas de todas as edições anteriores.
A primeira banda desenhada é "Real ou Imaginário" assinada por Tor (Tomás José Pires), alternando ficção literária (estava a ler o fanzine Eros!?) e a visualização de uma mulher a banhar-se num rio.
Seguem-se diversas tiras humorísticas da autoria de Bode. Os personagens são estudantes e professores e há algumas piadas bem apanhadas.
Depois, são apresentados dois capítulos da saga de uma mosca num castelo assombrado, com desenho de Moshka e argumento de Tor.
O editor Tomás José Pires escreve uma resenha sobre o álbum "American Flagg - Tempos Difíceis" de Howard Chaykin, lançado pela Abril Jovem.
A última banda desenhada é "Mulheres..." de Tor, com o sugestivo epílogo "nunca confie numa mulher".
A fechar, uma página com diversos contactos de fanzines nacionais.
Reator #9, Outubro de 1991, 24 págs, fotocópia a preto & branco, 14,9x21cm. Edição: Andróides Assoc. Castelo Branco.

18 agosto 2024

LX Comics

LX Comics #1
Revista trimestral dirigida por Renato Abreu e João Paulo Cotrim. Neste primeiro número, apresenta na rúbrica Vinhetas um conjunto de resenhas aos seguintes fanzines: Dossier Top Secret #32, Eros #7, Fandaventuras #2, Comic Cala-te #1, Hips! #1, Cruzeiro do Sul #4, Banda #11/12.
Segue-se uma prancha clássica do norte-americano Cliff Sterret, com diversos apontamentos escritos por Pedro Vasco Saúde.
Depois, "O Manuscrito do Pianista Louco" uma bd em estilo mistério policial, atravessada pelo mito de Orpheu, muito bem gizada por Jorge Mateus, que também assina a capa.
José Manuel Morais publica o texto "A Vida é Sonho". A bd "Um Anjo na Terra" de José Bandeira sobre a descoberta do mistério do sexo dos anjos e a queda em tentação dos mesmos.
"O Circo" de Maria João Worm, fantasia sonhadora envolvendo os bichos e a vida errante da caravana circense, enquanto a personagem devaneia pela cidade e sobe ao alto do farol, tomando consciência que o circo não regressa mais à cidade.
Depois do sonho, a trip drogada de "Flash" de Filipe Abranches, a embriaguez de álcool, misturada com a lambidela do selo de ecstasy, o estado alterado e delirante, uma hipotética violação e a chantagem no dia seguinte.
Nuno Saraiva publica a bd "É Louco", ambientada num mundo em que todos são loucos e os mais sãos têm que fingir que são dementes para escapar ao cárcere. Fuga e deambulação em passo de corrida pelas ruas lisboetas, acabando caído num túnel do metro. 
A participação internacional fica a cargo do galego Miguelanxo Prado com a bd "Sensações" um fragmento da Enciclopédia Délfica, em tom de distopia futurista.
A finalizar, Pedro Burgos com "Curso Abreviadinho de BD", explicitando tudo o que um pretendente a autor de bd deve saber.
LX Comics #1, Primavera de 1990, 52 págs, impressão a cores, capa em papel Duna 120g; miolo em 80g., 22x31,9cm. Edição: MFCR, Lda. Lisboa.

LX Comics #2
Uma capa extraordinária. Recordo-me perfeitamente de a ver pendurada na montra do quiosque e sobressaia distintamente ao lado das outras revistas. O conteúdo do segundo LX Comics procura consolidar a publicação de uma banda desenhada moderna e cosmopolita, sintonizada com o que se editava na Europa, do novo Portugal na CEE.
Verifica-se um aumento do número de colaboradores relativamente ao número inaugural, reincindo alguns autores, mas acrescentando novos valores e coisa rara, algumas mulheres!
A abrir, a cantiga "Ó Ti Alves" de Zeca Afonso, ilustrada por João Lucas. Segue-se a rúbrica "Prosas do Observatório", onde João Paulo Cotrim acompanha e relata diversos acontecimentos e iniciativas ligadas à banda desenhada.
Depois Filipe Abranches apresenta 
"Amélia" num preto e branco nocturno e experimentalista, uma correria mesclando a tradição afadistada com a fantasia delirante e futurista. A capa é dele.
"Ladislau, ao serviço da pátria Babongo" é Nuno Saraiva a criar uma bd noir, com as atrocidades cometidas na guerra colonial como pano de fundo.
Uma nova prancha de João Lucas "As Angústias de Cininha". Nazaré Álvares apresenta "British Boys (encontro em câmara lenta e com cortes de som)", uma bd ambientada num clube académico masculino na Universidade de Oxford... Coisas de rapazes.
Com texto de José M. Morais e desenho de Jorge Mateus, regressa Vladimiro para desvendar o mistério de "O Quinto Dedo".
Mimi apresenta "Capricho dos Deuses", com vinhetas desenhadas a lápis de cera (ou pastel), onde os diversos personagens deambulam pelo casino de Malibu Beach.
Fernanda Fragateiro contribui com uma suave ilustração naturalista. Depois, um texto animista, cheio de misticismo e magia africana "Chá Doce de Chinhambanine", por Manuela Sousa Lobo.
"A Noite e a Sombra", uma noite pintada com os tons carregados de negro e de poesia por Maria João Worm.
Diniz Conefrey apresenta "Avé Marias Rap" uma sequência de recortes, colagens e recontextualizações, com texto em inglês e português, dando voltas e reviravoltas à sagrada iconografia nacional para turista apreciar.
"Fanzinar", uma coluna assinada por Cotrim destacando algumas publicações como "Wampir Hematófago", "O Moscardo" e divulgando os contactos de diversos fanzines em publicação.
"Aficción" de Zepe, com rebuscados diálogos recheados de jargão tauromáquico homoerótico, seja lá o que isto quer dizer.
A terminar, "El Xis" com um inspector de finanças a passar a pente fino a contabilidade de um desenhador de bd, com promessa de continuação por José Bandeira. 
LX Comics #2, Outono de 1990, 52 págs, impressão a cores, capa em papel Duna 120g; miolo em 80g., 22x31,9cm. Edição: MFCR, Lda. Lisboa.

LX Comics #3
As primeiras páginas são dedicadas às "Prosas do Observatório" de João Paulo Cotrim, desfiando um conjunto abrangente de notícias e algumas resenhas breves a fanzines ("KO&SAS", "Comic Cala-te" e "O Búlgaro").
O terceiro número de LX Comics reúne um conjunto soberbo de autores portugueses apresentando histórias curtas, umas mais experimentais, outras poéticas, outras ainda repletas de fantasiosa imaginação.
A primeira bd é "Ladislau, Livre Indirecto" um pretexto para Nuno Saraiva entrecruzar as misérias económicas e sociais com o pontapé na bola.
"Gulf Stream" de Fernando Relvas, surpreende o jornalista Carlos com a chegada de Mort O'Gulf e Billies O'Fell e o mês de Janeiro nunca mais será o mesmo.
Segue-se "Arena" com Renato Abreu num registo nocturno e cubista. Depois, Diniz Conefrey conta "Histórias de Família".
"Postais Nocturnos" em tons azuis, compõem duas belas pranchas de Fernando Martins e Carlos Martins. Com texto de José Eduardo Arimateia e desenho de Alice Geirinhas, apresentam-nos um registo diarístico em estilo pop colorido.
Uma prancha composta ao som solitário do trompete é a proposta de Mimi. Logo a seguir, Maria João Worm apropria-se de um poema de Attila Jozsef.
Renato Godinho sonha um pássaro colorido, envolto num tédio a preto e branco.
"Música de Cegos" é um delirante texto de Ernesto Rodrigues, derivando em redor da Torre de Dona Chama.
A chuva e o diabo entretidos a observarem um cargueiro que atraca no porto de Anvers na Bélgica, e a decidirem qual a sorte dos marujos que se perdem em terra firme, pelo traço de 
Alain Corbel.
"Nocturno Para Voz e Celesta" desfiando a magia sonhadora do desenho de Filipe Abranches, apoiado no texto de Paulo Raposo.
Voltando aos navios, aos favores de Neptuno e ao som das gaivotas, uma história com sabor a desejo e maresia, composta através do negrume do traço de André Lemos.
Há ainda pranchas de Zepe com "El Xis" fiscal das finanças, João Lucas e também de Perdigão.
LX Comics #3,
 Inverno de 1991, 52 págs, impressão a cores, capa em papel Duna 120g; miolo em 80g., 22x31,9cm. Edição: MFCR, Lda. Lisboa.

LX Comics #4


LX Comics #4, Verão de 1991, 52 págs, impressão a cores, capa em papel Duna 120g; miolo em 80g., 22x31,9cm. Edição: MFCR, Lda. Lisboa.

02 maio 2024

Magazine BD

Magazine BD #4
Os destaques deste número são a 2.ª edição do Salão Viseu BD 90 e o super-herói Daredevil da Marvel. A abertura é feita com uma secção de notícias sobre eventos e novas edições de banda desenhada.
O segundo Salão Viseu BD 90 organizado pelo GICAV, contou com várias exposições de autores nacionais consagrados, feira do livro e outras actividades paralelas. A novidade foi o 1.º Encontro Nacional de Bedéfilos, que reuniu diversos entusiastas e editores de fanzines. As conclusões destacadas do Encontro foram a necessidade de criação de uma rede nacional de distribuição de fanzines; edição de um fanzine colectivo com os melhores trabalhos publicados e sensibilização das entidades para apoiarem os fanzines.
A primeira bd é "Liberdade" do brasileiro Joacy Jamys. Segue-se "Uma Pérola Negra", da autoria de João Paulo Soares.
Depois vem um dossier de cinco páginas sobre o Daredevil. A terminar, uma prancha intitulada "Cenas de Um Mundo Doido" de Miguel Andrade.
Magazine BD #4, Agosto de 1990, 20 págs, offset a preto & branco; capa em papel colorido, 21x29,7cm. Tiragem: 100 exemplares. Valadares.

Magazine BD #5
A primeira página contem diversas notícias breves sobre concursos e exposições de banda desenhada. Neste número, são publicadas algumas hsitórias de autores brasileiros do Grupo de Risco. A primeira é "Signos" do brasileiro Iramir Alves, uma bd futurista em busca dos sinais do momento primordial.
Segue-se uma interessante entrevista ao autor Artur Correia, que também assina o desenho da capa.
Depois, uma prancha de outro autor brasileiro Henry Jarpelt.
O editor Miguel Andrade apresenta a bd "Histórias Bizarras" envolvendo um mendigo irascível e vingativo e uma senhora disponível.
A última contribuição brasileira é "Futuro" de Elan Carlos com uma visão distópica eco-futuro-apocalíptica, com a Amazónia como pano de fundo.
Magazine BD #5, Fevereiro de 1991, 20 págs, offset a preto & branco; capa em papel colorido, 21x29,7cm. Tiragem: 100 exemplares. Valadares.

03 março 2024

Cadernos Sobreda - BD

O segundo Cadernos Sobreda - BD, coordenado por Luiz Beira, é inteiramente dedicado à autora Manuela Torres, apresentando dois trabalhos de matriz clássica e histórica. A primeira banda desenhada, intitulada "A Peste" contextualiza-se em Lisboa em 1855 durante uma epidemia de cólera, que causou efeitos devastadores na população e grandes tumultos sociais. Neste período crítico, destaca-se a acção altruísta e inspiradora do Rei D. Pedro V.
A segunda história "O Ourives da Corte" conta em três pranchas, uma súmula biográfica de Gil Vicente, enquanto ourives da corte de D. Manuel e depois como precursor e grande autor da escrita teatral em Portugal. 
Na primeira história, Manuela Torres utiliza um traço simples e claro e uma composição convencional, enquanto na adaptação do trabalho dedicado a Gil Vicente, a autora apresenta um desenho mais pormenorizado. Em ambos os casos, sobressai uma grande fluência narrativa e um gosto pela temática histórica nacional.
Cadernos Sobreda - BD #2, 1991, 16 págs, impresso a preto & branco; capa em preto e azul, 21x29,7cm. Edição: Grupo Bedéfilo Sobredense. Almada.

17 fevereiro 2024

Decentemente

Excelente fanzine que acaba prejudicado pelas deficientes condições de produção, a nível técnico e gráfico, com perda de contraste na reprodução (preto acinzentado / branco sujo) devido à fotocópia de baixa qualidade.
O conteúdo inclui textos de Max Aub, Marian d'Arc, uma breve biografia sobre Dolores Ibarruri (A Pasionária). Ana Lima apresenta um texto repleto de ligações e reminiscências locais e pessoais. Por seu lado, Pedro Santos Costa escreve sobre a arte óptica (OP-ART), destacando o trabalho de Victor Vasarely.
Como é habitual nas páginas deste género de fanzine, são divulgados diversos contactos de outras publicações alternativas nacionais e não só. "Der Kosmik Kanibalismus" - tenho a certeza que já ouvi este nome há muitos anos atrás... não consigo recordar o contexto - aqui um anúncio apenas; e um número de telefone com indicativo de Lisboa... Uma publicidade ao Suburbano com Timor-Leste como pano de fundo.
Destaque à editora "Ars Moriendi" de Vila do Conde, cujo fanzine aparecerá por aqui um dia destes.
Carlos Fernandes publica "Manifesto pelo CINEMA ESPELHO", reivindicando a morte do cinema ficção em prol do surgimento de um cinema ancorado na realidade quotidiana.
Decentemente #5, 1991, 32 págs, fotocópia a preto & branco, 14,9x21cm. Lisboa.

27 janeiro 2024

Epitáfio

Fanzine dirigido por Nuno A. N. Correia e por Rui Fernandes, versando essencialmente sobre banda desenhada e música. Neste número, são apresentadas inúmeras resenhas a publicações lançadas no mercado nacional, mas também sobre alguns títulos estrangeiros. Nas críticas, é utilizado um sistema de classificação de claps! (quanto mais claps! melhor) e buuhs!!.
A primeira banda desenhada é "Estou Farto de Estar Deitado" com argumento de Tiago Castro e desenho de Pedro Castro.
Segue-se uma secção de divulgação e crítica, abordando temas como Angoulême 92, a Playboy e a BD, as Edições ASA, Prince em BD, as sobras brasileiras, a Meribérica, LX Comics, etc.
Nuno A. N. Correia apresenta o álbum dissecado música a música, incidindo sobre o clássico "Out of Time" dos R.E.M.
"Balada de Uma Manhã de Inverno" é uma bd realizada por Ricardo Cabrita entre 1985-86. Ao longo de 15 páginas vemos desfiar diversas conversas filosóficas entre dois personagens adultos masculinos, enquadrados em cenários de requintado design sóbrio modernista. As vinhetas nocturnas estão primorosamente desenhadas e ainda assim o impacto visual fica diminuído devido às insuficiências da impressão. A história deriva para estranhos incidentes, envolvendo raptos e desaparecimentos misteriosos, culminando com uma intervenção militar musculada.
Depois é traçado o percurso criativo de Dave McKean entre os anos de 1987 e 1991, prometendo-se uma entrevista ao autor britânico a ser publicada no próximo número.
A finalizar, uma artigo sobre a edição do álbum homónimo dos Rain Tree Crow, integrando os elementos dos extintos Japan.
No geral, Epitáfio é uma excelente publicação, pecando apenas pelas deficiências na digitalização das imagens e também na qualidade da impressão.
Epitáfio #5, Novembro de 1991, 34 págs, impresso a preto & branco, 21x29,7cm. Matosinhos.

04 janeiro 2024

Hips!

Cerca de dois anos após o lançamento da edição inaugural, eis que é publicado o segundo número do Hips!. Trata-se de um excelente fanzine produzido pelo denominado grupo de Almada, constituído, entre outros, por Carlos Martins, Fernando Martins, Jorge Mateus e Nuno Saraiva.
Detectam-se bastantes afinidades estilísticas e editoriais com LX Comics, o que não será de admirar, pois ambas as publicações partilham inúmeros autores e colaboradores (Renato Abreu, João Paulo Cotrim, Jorge Mateus, Nuno Saraiva, etc.)
A primeira banda desenhada é "O Acordéon" de Fernando Martins, que também assina a capa. Depois, Juss apresenta o texto "Ar-Fára Môretz", com uma ilustração de Jorge Mateus. Na mesma página, José Xavier de Sena introduz o "Doçier do LEIRIA", assinalando os dez (onze) anos da morte de Mário-Henrique Leiria.
Segue-se uma nova bd "Lipinho" escrita por José Xavier Sena e desenhada Jorge Mateus, narrando as intimidades processuais de um poeta suburbano, gingando pelos bares de Lisboa, aditivado com muito álcool, miúdas e a sogra dos Mata-Ratos em pano de fundo.
"Sobre a Crueldade dos Factos", uma página de Daniel Lima, no limbo do corredor da morte.
"Zé Inocêncio - Uma Questão de Tacto" por Ketch (Nuno Saraiva), às voltas com a correcta aplicação do preservativo.
Segue-se um texto de João José Mendonça sobre a banda industrial francesa Nox. A ilustração que acompanha o texto é da autoria de Carlos Guerreiro.
Nas páginas centrais, o mesmo Carlos Guerreiro escreve o texto " Solstício de Verão" com ilustração de Luís Alvoeiro.
Ricardo apresenta "Eram Três Vezes", páginas rasgadas com histórias humoradas. Segue-se "Memórias d'um Rato" por Jorge Mateus, entre a estupefacção mutista e as eleições legislativas vencidas pelo Animal Silva.
"Documento: Chaland", presta homenagem ao malogrado autor francês Yves Chaland, através de textos, desenhos e bd por Nuno Saraiva, Renato Abreu e Fernando Martins.
Com história de Ketch e desenho de Vera Crespo "Crime Passional", apresenta um volte-face amoroso entre dois casais.
A bd mais extensa "Ted Sponja" por Carlos Martins e Nuno Saraiva, passada no México nos anos 30, com tiros, sombreros e burros aos coices.
A finalizar, a história do corno "Januário", por Fernando Martins e Carlos Martins.
Hips! #2, 1991, 36 págs., offset a preto & branco, 21x29,5cm. Almada.

28 junho 2023

Banda

 
Banda - Fanzine aperiódico de estudo e divulgação de B.D., apresenta-se neste número num formato mais encolhido relativamente ao habitual A4.
Além desta alteração do formato, a grande novidade é a inclusão de um suplemento de 4 páginas em papel reciclado, dedicado às letras, com "Escritos - Osvaldo Rocha", um texto de Nuno V. Martins e ilustrações de Luís B. Tinoco.
Participam Rui Lacas com "Soc. Protectora", uma bd onde a defesa exacerbada dos animais provoca um motim dos humanos.
"Ajuste de Contas" de António Campelo e Nuno Varandas, começa com uma prometedora noite escaldante e acaba com um personagem a querer tirar satisfações do seu desenhador.
É publicada a segunda parte de uma entrevista a Tózé Simões, argumentista de Jim del Mónaco, Roques e Folque, etc., conduzida pelo editor Rui Brito.
Guima apresenta as Aventuras de Rafa L em "O Eterno Caçador". De seguida, surge um excerto de "Piratininga 4" do brasileiro Arthur Garcia.
Na rúbrica "Dar a Conhecer" são introduzidos novos autores, como o francês Alain Bethune e o italiano Silvio Cadelo.
A bd "Banda Sonora" com desenho de Nuno Tuna e argumento de Nuno Varandas, encerra este número do Banda, com um prelúdio de concerto musical que tem tudo para dar errado, mas que acaba por não defraudar a assistência.
Banda #14, Janeiro de 1991, 28 págs, offset a preto & branco; capa com 2 cores, 14,9x21cm. Tiragem: 150 exemplares. Lisboa.

21 dezembro 2022

Nuxcuro

Nuxcuro #0

Fanzine lançado com vontade de reagir ao marasmo alentejano. A maior parte das bandas desenhadas são da autoria de Miguel Falcato, todas bastante curtas, mas com estilos gráficos bastante diversificados.
Pica, o editor do Nuxcuro, escreve uma crónica de escárnio e maldizer sobre Miguel Esteves Cardoso, no apogeu do seu prestígio e popularidade (O Independente, revista Kapa, Escrítica Pop, etc.). São publicadas também as BD "Qualquer Coisa" de J. Caxias e "Blues" de Francisco Névoa e Miguel Falcato.
Seguem-se duas páginas dedicadas à indicação de livros e fanzines de BD da preferências do pessoal do Nuxcuro.
A banda alentejana "Ach'Q'Aliás", ainda no inicio, é entrevistada por Pica.
Domingos Isabelinho escreve sobre o nascimento da BD, a produção mecânica e o valor social e simbólico da BD, utilizando o trabalho de Carl Barks para ilustrar o seu ponto de vista.
Nuxcuro #0, Dezembro de 1990, 30 págs, fotocopiado a preto & branco, 21x29,7cm. Tiragem: 200 exemplares, Estremoz.

Nuxcuro #1
Ressalta uma significativa evolução relativamente ao número anterior, mas mantendo os elementos estruturais do fanzine. Pica e Miguel Falcato continuam a ser as forças motrizes, mas imprimem uma maior ambição aos trabalhos apresentados. A primeira BD é "Espelho" de J. Caxias. Seguem-se diversas BD de Pica e Miguel Falcato. Com maior folego, a BD "Fama & Proveito" de Fernando Vieira (ideia) e Victor Borges (arte), desenvolve-se ao longo de 10 páginas.
Domingos Isabelinho apresenta um novo ensaio desfazendo equívocos relativamente à BD, a sua origem na caricatura,as questões da incomunicabilidade e da BD ser simultaneamente uma arte urbana (Jaime Hernandez e Ramon de España e Montesol) e tradicional (Will Eisner).
Na rúbrica "Publicomics" são divulgadas e comentadas diversas novidades editoriais na área da BD.
Termina com uma BD cheia de estilo da autoria de Fernando Martins.
Este número do Nuxcuro foi impresso em papel fino idêntico ao utilizado pelos jornais, sendo acrescentado com a inclusão de um suplemento de 8 páginas de nome "Coma", à semelhança do suplemento Mau da revista brasileira Animal.
Nuxcuro #1, Março / Abril de 1991, 32 págs, offset a preto & branco, 20,5x29,5cm. Estremoz.

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