08 outubro 2023

Aleph

Aleph #1
Aleph apresenta-se como revista sobre Banda Desenhada, propondo-se assumir a divulgação e a análise crítica da forma, conteúdo e demais aspectos deste modo de expressão. Aleph  foi realização de um Grupo de Amigos da Banda Desenhada, resultante da reunião das equipas provenientes dos fanzines Saga e Yellow Kid.
Neste primeiro número, há artigos de Machado da Graça, Luís Leiria, Joaquim A. Leal, António Magalhães Garcia e José de Matos-Cruz (director).
Publicação de três pequenas bandas desenhadas por Luís Dias Ferreira (Luis Diferr), Nelson Dias / Augusto Mota e Maria João.
No meio do fanzine, estão inseridas duas folhas dactilografadas de cor esverdeada, com diversas notícias sobre publicações e eventos de bd.
Aleph #1, Julho de 1973, 28 págs, offset a preto & branco, 21x28,8cm. Tiragem: 1500 exemplares. Amadora.

Aleph #2
No segundo número, o Aleph altera substancialmente o rumo anterior, com uma linha editorial muito politizada de tendência extrema-esquerda (maoísta) e com a inclusão de alguns trabalhos de autores estrangeiros - note-se que o subtítulo passa de "Revista Portuguesa de Banda Desenhada" para "Revista de Banda Desenhada".
São publicados diversos textos não assinados de crítica muito incisiva e dura sobre autores de bd (Vitor Mesquita), intervenientes (Vasco Granja) e publicações (fanzines Impulso, Copra, QuadrinhosPloc).
Carlos Pessoa apresenta um extenso ensaio sobre "João Tempestade: Elementos para uma Leitura da Obra de Frank Robbins".
Do autor americano Ron Cobb, é apresentada uma entrevista e diversos cartoons. São publicadas várias tiras dos jovens autores João Malheiro (texto) e Fernando Sarzedas (desenho).
Aleph #2, Março de 1974, 32 págs, offset a preto & branco, 21x29,5cm. Amadora.

Aleph #3
Em pleno fulgor revolucionário decorrente do 25 de Abril, o Aleph assume uma linha editorial declaradamente maoísta, incluindo um editorial que tem como epígrafe uma citação de Mao Tsé-Tung acerca da contradição. A China é declarada como o farol da revolução mundial e conjuntamente com a Albânia!!, a vanguarda das forças revolucionárias contra o sistema capitalista. Neste contexto, é publicada na integra a banda desenhada chinesa "O Destacamento Feminino Vermelho" ao longo de 9 páginas.
Há também uma coluna decorrente de um processo de autocrítica, relativamente a um artigo publicado no número anterior.
As restantes bd são "The One and Only" e "Capuchinho Vermelho" da autoria de Buz (Jaime Pires), "A Galinha Doida" de Pedro (Massano), uma bd de Luis Dias Ferreira (Luis Diferr), envolvendo o "mestre" Vitor Mesquita e o "aluno" Philippe Druillet.
Para terminar, são publicados três cartoons e a bd "A Lenda do Homem Enforcado" da autoria de Patricio.
Aleph #3, Junho de 1974, 24 págs, offset a preto & branco; capa em papel colorido, 28,5x31,4cm. Tiragem: 5000 exemplares. Amadora.

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