Cleópatra
Cleópatra #2
Fanzine de Tiago Baptista ao melhor estilo dos fanzines pessoais. O autor informa no editorial que o nome da publicação não tem nada a ver com o conteúdo. Seria uma homenagem às Cleópatras, mas que essa ideia trágico-romântica deixou de fazer sentido logo no primeiro número, tornando-se o fanzine numa complexa massa de informação aparentemente desconectada.
O Cleópatra tem ilustrações, pequenas BD, um texto / manifesto anti, intitulado "O meu Portugal", que é uma excelente diatribe, ainda hoje plena de actualidade. A finalizar o fanzine, são apresentadas notas críticas a diversos fanzines e outras publicações e também a discos de música da preferência de Tiago Baptista.
O Cleópatra tem ilustrações, pequenas BD, um texto / manifesto anti, intitulado "O meu Portugal", que é uma excelente diatribe, ainda hoje plena de actualidade. A finalizar o fanzine, são apresentadas notas críticas a diversos fanzines e outras publicações e também a discos de música da preferência de Tiago Baptista.
Cleópatra #2, Agosto de 2007, 32 págs., 21x29,7cm., policopiado a preto & branco. Edição: Façam Fanzines, Cuspam Martelos, Caldas da Rainha / Leiria.
Cleópatra #3
Passaram-se 17 meses desde a publicação do número anterior e Tiago Baptista questiona-se para que servirá editar um fanzine? "Vejo neste tipo de publicação uma espécie de pedra. Uma pedra num charco. Um charco lamacento, pantanoso este que é a sociedade, num sentido mais vasto o nosso mundo, isto em que vivemos".
O tom do fanzine é extremamente pessimista e desiludido com o sistema da arte e com a sociedade capitalista no geral. Os trabalhos publicados, sejam banda desenhada ou desenhos são todos excelentes.
A fechar este número, uma página dedicada à divulgação de diversas publicações alternativas.
Cleópatra #3, Dezembro de 2008, 16 págs., 21x29,7cm., policopiado a preto & branco. Edição: Façam Fanzines, Cuspam Martelos, Caldas da Rainha / Lisboa / Leiria.Cleópatra #4
As angústias, dúvidas e demais perplexidades com que se confronta o jovem artista, constituem um fio condutor deste Cleópatra. A primeira BD de 3 págs. "Artista Agarra a tua Oportunidade", constata que apesar do talento e do trabalho árduo, o artista pode facilmente cair no canto da sereia e acabar como uma atração de circo. A BD "The Titles of the Exhibition Still Sound Better in English", também reflecte sobre as questões que se colocam aos artistas nas suas exposições.
De forma bastante mais descontraída, a BD "Surrealist Adventure", apresenta um desvario com as personagens montadas em skates na berma de um vulcão em erupção e a acabarem a beber gasosa com tintura de iodo!
A finalizar o fanzine, são apresentadas críticas aos fanzines "Cooltura", "Phantastes", "Lola Folga às Quartas" e ao brasileiro "Chiclete Com Banana"; na música, é abordado o álbum dos Swans "1983 - Filth/Body to Body, Job to Job 1982-85.
Cleópatra #4, Abril/Maio de 2009, 20 págs., 21x29,7cm., capa em stencil colorido; miolo policopiado a preto & branco. Edição: Façam Fanzines, Cuspam Martelos, Caldas da Rainha / Leiria.
Cleópatra #5
Na sequência de um período de cerca de ano e meio a trabalhar num cinema nas Caldas da Rainha, Tiago Baptista reflecte sobre as questões da precariedade laboral, dos salários miseráveis, enfim, da exploração capitalista do assalariado. No entanto, estando a trabalhar num cinema, o autor não poderia deixar de reflectir também sobre o modelo vigente de distribuição e exibição de cinema em Portugal. As bandas desenhadas apresentadas partem da premissa do autor estar a assistir aos filmes que são exibidos na sala onde trabalha, na companhia de alguns dos realizadores que mais admira. O autor , assumindo o alter-ego Zé Cabeludo, tem a companhia de François Truffaut, Manoel de Oliveira, Andrei Tarkovski e Ingmar Bergman. Nos três primeiros casos, a cena decorre no interior da sala de cinema e os personagens vão discorrendo sobre o filme em exibição. No caso de Bergman, a cena decorre na ida para o cinema e na escolha do filme a ver, que se revela infrutífera, uma vez que não há nada interessante para assistir.
As 4 bandas desenhadas são intercaladas por imagens fotográficas de manequins de moda, a afirmarem as coisas mais improváveis, através da utilização da técnica do détournement.
Uma nota final para a excelente qualidade geral da impressão do fanzine.
Uma nota final para a excelente qualidade geral da impressão do fanzine.
Cleópatra #5, Dezembro de 2010, 32 págs., 21x29,7cm., policopiado a preto & branco. Edição: Façam Fanzines, Cuspam Martelos, Caldas da Rainha / Lisboa / Leiria.
Cleópatra #8
Cleópatra #8, Dezembro de 2012, 40 págs., 20,5x28,3cm., fotocópia a laser a preto & branco e cores. Edição: Façam Fanzines, Cuspam Martelos.
Cleópatra #8
Nesta edição, integralmente constituída por trabalhos de Tiago Baptista, os textos foram completamente abolidos e as BD também. Há muitos desenhos preparatórios para cartazes, para pinturas, e outros trabalhos. Este fanzine acaba por constituir um repositório de estudos, esboços, mas também de outros trabalhos mais desenvolvidos, tudo com excelente qualidade gráfica e uma identidade autoral muito vincada de Tiago Baptista.
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