A Mosca
Depois do editorial de Mário Augusto, surge a BD "Oh Yeah!!" por Zac, seguindo-se "Sofia" trip ganzada da autoria de Vladimire Smith. Destaque especial para a BD "Gesto Dignificante de um Agente da PSP" onde Janus, partindo de um artigo publicado no Jornal de Notícias, ficciona uma hipotética continuação da história carregada de violência policial.
A violência gratuita regada a álcool segue logo depois com "Uma Causa Justa" por El Pepe. Surgem mais 2 BD curtas por Zac e a tradução do poema "2 Moscas" de Charles Bukowski.
A Mosca #1, 1994, 20 págs, fotocopiado a preto & branco, 23x22,5cm, Porto.
A Mosca #2
A Mosca #1, 1994, 20 págs, fotocopiado a preto & branco, 23x22,5cm, Porto.
A Mosca #2
A capa do segundo número d' A Mosca, deixa logo o aviso "Para adultos e crianças perversas" e o conteúdo é recheado de sexo e pecado. Os anúncios eróticos e de encontros preenchem a capa, aos quais se sobrepõe uma felação à Torre dos Clérigos! Há anúncios deliciosos como este: "Sou casado, tenho 37 anos, sou médico, asseado e muito atraente, discreto. Desejaria conhecer travesti que seja carinhoso, doce, muito feminina. Ou seja também mulher formosa, não importa idade ou cor, mas que seja capaz de me ensinar a fazer amor. Também gostaria de contactar com lesbiana ou par de lesbianas para participar com elas. Tenho casa própria e carro. Coimbra". A exigência de asseio é recorrente nestes anúncios, o que não deixa de ser surpreendente no meio de tantas intenções e desejos porcos!
A primeira banda desenhada "Safe Sex", de El Pepe, narra a digressão de um americano em Bangkok, envolvendo crianças tailandesas e a TV sintonizada no Playboy Channel.
Vladimire Smith apresenta "Tânia" uma BD com diálogos e cenas idênticas às revistas pornográficas tipo Gina ou Tânia, com bastante circulação nos anos 70 e 80.
Janus, o mais maldito autor de BD em Portugal, apresenta "Amor de Pai", destilando desejos inconfessáveis, loucura, incesto e morte.
Ao princípio tudo é doce e ameno, depois a música, o álcool, sexo e por fim a morte, num vislumbre etilizado em "The Serial Killer" de Jorge Matos.
Zac apresenta a vingança de um empregado de hotel para com os clientes que reclamam e se põe com exigências.
Mário A. propõe uma sequência repetitiva de imagens de um rosto sorridente de um homem com um chapéu de cowboy, e texto aleatório e sem procurar um nexo.
Zac apresenta a vingança de um empregado de hotel para com os clientes que reclamam e se põe com exigências.
Mário A. propõe uma sequência repetitiva de imagens de um rosto sorridente de um homem com um chapéu de cowboy, e texto aleatório e sem procurar um nexo.
A encerrar, "Blam! Blam!" de Nikopaul e a mosca ronda o chão ensanguentado.
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