07 fevereiro 2023

Coveiro

Com a epígrafe extraída dos "Os Cantos de Maldoror" do Conde de Lautréamont: "Coveiro, é belo contemplar as ruínas das cidades; mas é mais belo ainda contemplar as ruínas dos humanos", André Catarino apresenta um conjunto de desenhos de espaços, edifícios, construções (ou o que resta delas).
Vemos fábricas abandonadas, estranhos edifícios tombados, enfim, marcas deixadas pelos humanos na paisagem. Algumas são autênticas feridas abertas, como as pedreiras, outras são muros imensos, barragens, túneis que penetram na montanha, estradas que serpenteiam no meio da paisagem desértica, linhas de comboio que se entrecruzam, estações vazias. Ruínas e abandono, tudo estático, o tempo cristalizado, a ausência desoladora.
Coveiro, Junho de 2012, 42 págs., 18,6x26,9cm., impresso a preto & branco. Edição: Façam Fanzines, Cuspam Martelos.

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