24 abril 2023

Besta Quadrada

 
Número único do fanzine "Besta Quadrada", com o subtítulo "24 horas sem dormir" e que incluí dois desenhos de João Fonte Santa colados e destacáveis no verso da capa e da contracapa. A primeira banda desenhada, da autoria de Rui Carvalho, é uma tresloucada narrativa, envolvendo sexo, carros usados, polícia, pássaros gigantes e Mercedes.
Entremeando as bandas desenhadas, surgem intervenções gráficas e escritas por Tiago Gomes e por RSXX (Rui Silvares), este versando temáticas extremistas religiosas, como se fossem anúncios publicitários de um suposto Partido Fundamentalista Católico (P.F.C.). 
Depois vem uma prancha assinada por Ricardo Paiva. Segue-se "Looking Up" de Mr. Oak, uma banda desenhada envolvendo um planeta Terra saturado e em vias de expansão espacial, sendo simultaneamente invadido por alienígenas vindos do Universo Fulcral para substituir os europeus. À mistura, uma sessão de cinema com capacetes geradores de projecções virtuais.
"Strange Love" de Pedro Demorgue, é uma sequência de vinhetas sem qualquer texto, com mulheres e homens com os pénis erectos, em estranhos jogos e símbolos do pecado e da queda em tentação.
"Trip-Glass-Eyes" é um texto de Rui Silvares, narrando uma série de experiências e implantes cibernéticos patrocinados pela Sony, e a consequente reacção conservadora das ordens religiosas e políticas institucionais.
João Fonte Santa apresenta "Sangue Cinzento", história de loucura sanguinolenta no Metro de Lisboa, e a respetiva cobertura mediática, com os directos televisivos a captar a opinião dos transeuntes.
A terminar "La Cromagnona" de O.D. "O Bife", com o discurso da cenoura, misturando os idiomas português, espanhol e italiano, num texto manuscrito desconexo.

Besta Quadrada #1, 1993, 44 págs, impressão a preto & branco; capa a duas cores, 20,7x29,6cm. Lisboa.

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