01 fevereiro 2024

Mister

Mister foi editado pelo colectivo Senhorio, que durante 5 anos promoveu diversas iniciativas artísticas e culturais no Porto. Um pouco de história para enquadrar: "Os projectos mais megalómanos ficaram pelas intenções. Alguns deles foram motivo de reuniões, conspirações, textos e desenhos, muita conversa fora de horas. Enquanto isso, era preciso pilim para obras e materiais, rendas que começaram a acumular, ganhar a vida. Conseguimos boas receitas a vender cenas e merdas na Vandoma, fizemos festas para ajudar a pagar os custos do espaço, fanzines e desenhos para venda, concertos. No meio disso tudo, os projectos que mais queríamos realizar ficaram em águas de bacalhau, talvez por perda de pica, por falta de acordo entre os intervenientes, por falta de verbas, por não fazerem falta. Não tínhamos nenhum programa nem éramos metódicos. Um palpite: gostamos de ocupar o espaço das coisas por cumprir.
Ao longo de 5 anos muita gente passou pelo Senhorio, para trabalhar no espaço, para participar nas reuniões e nos projectos que nunca seriam realizados, para cantar e fazer canções, para beber uns copos e ver o que os outros andavam a fazer. Tornou-se um espaço de transição entre a escola e o mundo do (des)trabalho, um espaço de diálogo e conflito, muito amor e pouco sentido programático."
Em Mister, são apresentados diversos desenhos, textos, logotipos, montagens fotográficas, banda desenhada, definições retiradas do dicionário, etc., reflectindo sobre a problemática da prática artística.  Colaboram nesta publicação os seguintes autores: António Preto, Dinis Santos, Carlos Pinheiro, Tatiana Santos, Ana Torrie, Marta Bernardes, Nuno de Sousa, Inês Azevedo e André Alves. No meio da publicação, é inserido solto um desenho original de tamanho A4 da autoria de Carla Cruz. 
Mister, 2006, 40 págs, impresso a preto & branco; capa com segunda cor, 14,5x21cm. Tiragem: 100 exemplares. Edição: Senhorio. Porto.

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