Sanabra Enxebre
Fanzine lançado no decurso da segunda edição do Festival Matanças, realizado por alturas do Natal de 2009 na Casa Viva no Porto. O Sanabra Enxebre está excelente a todos os níveis, e afirmo-o apesar de eu ser completamente indiferente à temática satânica e ao black metal. O grafismo, as ilustrações, os textos, as resenhas a discos, as entrevistas, tudo com nota muito elevada para o trabalho de André Coelho!
Não posso deixar de destacar a banda desenhada protagonizada por Flávio Paupério, estudante em Braga, que levava a sua fortuna de mal a pior e que depois de tentar ludibriar o Cabrão-Mor, acabou com um canudo enfiado no cú.
Temos ainda uma prancha de bd "As Divertidas Aventuras de Satã!" desenhada por Rudolfo, que também é entrevistado.
No blogue da Chili Com Carne escreveu-se o seguinte sobre Sanabra Enxebre: "E o Norte não pára de surpreender! Depois da música de André Coelho, lá vem ele com heresias publicadas no Glorioso formato do zine A5 fotocopiado.
No Festival Matanças foi lançado o segundo título em que podemos definir a publicação de “Fanzine Iconoclasta de Black Metal e de Adoração Intelectual ao Grande Chifrudo”. “Fanzine” porque o formato é mesmo a ideia “old-school” do zine, ou seja, um tema é tratado por fãs em que não faltam textos, ilustrações, bd, entrevistas a Músicos Iluminados e resenhas críticas a Música Satânica (que são ainda assim a parte mais divertida do fanzine mas já lá iremos). “Iconoclasta” porque os textos e gozo como se escreve, não é de um suburbano sem cérebro que curte Black Metal por causa das glândulas mamárias das sleeve-shirts dos Cradle of Filth – não senhor, quem escreve e desenha é intelectual pelo menos de Café do Diabo ou é artista com tomates, porque só alguém seria capaz de escrever um texto tão Haiku como «Que FODIDO!» referindo-se ao disco "Sub Templum" dos Moss… ou ainda «Tanta merda só para isto? Chato, chato chato chato chato chato» acerca de Quantos Possunt Ad Satanitatem Trahunt dos Gorgoroth. "Black Metal" porque há Black Metal envolvido, ponto. E "Adoração bla bla bla" porque os textos embora com uma ironia e distanciamento de gozo aos clichés, dá "food for brain" o suficiente para temas para quem reconhece a Luz de Lúcifer na nossa triste vida mundana controlada pelos grunhos morais do Porco Nazareno."
Sanabra Enxebre, Dezembro de 2009, 56 págs, fotocópia a preto & branco, 14,9x21cm. Edição: Latrina do Chifrudo, Porto.
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