Zundap
Apesar de estar identificado com o número 1, esta corresponde efectivamente à quarta edição do Zundap. Na altura em que foi publicado, havia uma maluqueira com a numeração dos fanzines (veja-se os casos do Bizarro, O Hábito Faz o Monstro, Mesinha de Cabeceira, etc.) para dar cabo da cabeça dos coleccionadores e arquivistas.
O Zundap é absolutamente extraordinário, mantendo intacta a sua frescura e jovialidade apesar de já terem passado mais de 20 anos do seu lançamento. O design sóbrio e arejado de José Feitor, as escolhas editoriais, a qualidade das ilustrações e dos textos, fazem deste fanzine um caso singular na edição alternativa em Portugal.
Uma mistura certeira de temas que inclui música, literatura, design gráfico, humor e bizarrias várias. Neste número, há artigos sobre The Slits, Camper Van Beethoven, Robert Wyatt, Luiz Pacheco e Jim Flora. Ensaios sobre "música & democracia" e "liberdade & violência", iniciação à filosofia kantiana, uma selecção das notícias em 3 linhas publicadas por Félix Fénéon do género "Louis Lamarre não tinha trabalho nem casa, mas tinha uns trocos. Comprou, numa drogaria de Saint-Denis, um litro de petróleo e bebeu-o."
O suplemento juvenil "Zundapinho" pretende esclarecer e iludar todas as dúvidas existenciais da juventude mais precoce.
A lista do Top 50 dos nomes de empresas, onde constam a "Chupóleo" e o "Moisés dos Leitões" e as páginas da sebenta do Dr. Manel que explicam todos os passos a dar na criação de uma designação empresarial apelativa e irresistível. Há também uma prancha de banda desenhada da autoria de Artur Varela.
Tudo isto e muito mais, compõe um conteúdo altamente surpreendente e exuberante!!
Tudo isto e muito mais, compõe um conteúdo altamente surpreendente e exuberante!!
Zundap #1, 2001, 36 págs, fotocópia a preto & branco, 14,9x21cm. Lisboa.
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