Diários do Corona
Um ano após a edição de Diários do Corona, e uma vez que a série continuou, eis que surge o segundo volume relatando um pouco do que se passou a seguir. O registo continua próximo do diarístico, mas com vários hiatos temporais pelo meio. O autor confessa que "desenhei o que me apetecia e quando apetecia - sendo que foram muitos os dias em que não desenhei."
A primeira prancha é datada de 01 de Setembro de 2020 e a última é de 19 de Julho de 2021. Os desenhos vão aparecendo espaçados no tempo, mas com alguma regularidade. No entanto, entre 28 de Janeiro e 04 de Junho, não há qualquer desenho.
Os confinamentos, as relações pessoais e familiares, as obrigações profissionais e parentais, as perplexidades perante as situações mais inusitadas, a omnipresença noticiosa, as fake news, as vacinas e o vírus, e muitos outros temas, vão sendo decantados através do olhar acutilante de Bruno Borges.
Utilizando um esquema relativamente rígido baseado num rectângulo horizontal dividido em quatro quadrículas e apresentando um desenho de traço minimalista, acompanhado de texto manuscrito em maiúsculas, Bruno Borges oferece-nos um olhar pessoal e muito original sobre um período excepcional das nossas vidas.
Diários do Corona #2, Setembro de 2021, 60 págs., impressão a preto & branco; capa em cartolina de cor, 22x14,5cm. Edição: Fojo / O Gorila.
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