25 fevereiro 2024

Ploc!

O terceiro Ploc!, dirigido por José de Matos-Cruz, ressurge com o subtítulo alterado para "Revista de Banda Desenhada",  e demonstra uma melhoria qualitativa significativa relativamente aos números anteriores. Começando com a extraordinária e apelativa capa protagonizada pela Valentina sobre fundo vermelho.
O editorial apresenta-se em forma de tiras de bd, da responsabilidade de Zé Marta e Al Bonjour. Na sequência da atribuição do Prémio St. Michel de 1973 a Sidney Jordan, é destacada a sua série "Jeff Hawke", num texto assinado por António Amaral.
Matos-Cruz introduz o humorista brasileiro Ziraldo, através do hiperpoderoso "Super-Nacional". Segue-se um texto sobre "Valentina" de Guido Crepax, seguido de quatro pranchas do autor italiano.
"Do Ponto Zero ao Alguma Coisa" é um breve guia sobre alguns eventos ligados à bd que decorreram em 1973, representando os primeiros passos dados em Portugal. Vasco Granja é um dos mais destacados impulsionadores e divulgadores, com organização de uma Mostra na FIL, com o fanzine Quadrinhos e uma exposição. Referência também para o surgimento de Aleph e para o lançamento de "Wanya" de Nelson Dias e Augusto Mota.
"A Ideossincrasia dos Comix Underground", texto de J. Matos-Cruz sobre a bd alternativa americana, enquadrando-a num  movimento cultural e social mais alargado, englobando a geração beat, hippie, protestos anti-Vietname e da contra-cultura.
A bd "P3" de Al Bonjour é uma espécie de batalha galáctica entre o terceiro Ploc! e os projécteis político-intelectuais lançados pelo Aleph.
Segue-se um extensa entrevista ao autor Jayme Cortez, acompanhada da publicação do episódio inédito da bd "O Retrato do Mal".
"Pearl" é uma prancha de João José Monsanto dedicada à malograda Janis Joplin. A terminar, uma pequena galeria de ilustrações fantásticas do norte-americano Kenneth Smith.
Ploc! #3, Primavera de 1974, 36 págs, offset a preto & branco; capa em duas cores, 21x27,8cm. Edição: Boomovimento. Moita.

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