Satanás
Com um desenho na capa de Nuno Amorim, este Satanás é um excelente fanzine de tendência anarquista, com diversos artigos sobre a sempiterna questão da crise do capitalismo, do desemprego provocado pelo desenvolvimento tecnológico e os relatos sobre as manifestações mais ou menos radicais da luta contra o sistema. Todas as páginas são pontuadas por diversos desenhos, ilustrações e umas poucas fotografias.
Também há pequenos textos de Raoul Vaneighem e de Arrabal, outros fazendo a apologia da objecção de consciência e a abolição das forças armadas, relatos de acidentes em centrais nucleares, denúncia da militarização das crianças.
Como reacção a um artigo publicado no número anterior sobre planeamento familiar, uma leitora tece diversas considerações sobre o tema. Outro leitor questiona as diferenças existentes entre o Satanás e o Voz Anarquista.
Uma curiosidade deste número do Satanás, é a publicação daquela que deverá ser a primeira entrevista efetuada aos conterrâneos UHF.
As lutas e as eleições do meio estudantil, são igualmente objecto de análise e crítica. Na rúbrica "Notas Sobre Papel Impresso" discorre-se sobre o livro "O Sexo Bem Comportado" de Tony Duvert e também sobre "O Ladrão" de George Darien.
Termina com um texto intitulado "Charco".
Satanás #11, Junho de 1979, 22 págs, offset a preto & branco, 21x29,7cm. Almada.
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