Marcha das Almas
Publicação associada ao espectáculo Marcha das Almas, inserido no programa "Caminhos da Pedra 2018". Marcha das Almas foi uma criação do compositor Rui Souza com o objetivo de explorar a voz enquanto som, palavra, canto, o corpo enquanto movimento e espaço e contou com a participação das comunidades de Ourém e de Vila Nova da Barquinha. O projeto culminou com a apresentação de dois espetáculos realizados em 20 e 21 de outubro, em cada um dos concelhos envolvidos.
Na quase meia hora de duração da Marcha das Almas, um grupo de cerca de 40 pessoas, de todas as idades, uniu-se sob os comandos de Rui Souza, para entoar canções sobre Nestum, Coca-Cola, as agruras das gerações que viveram no concelho de Ourém ou Vila Nova da Barquinha.
Com frases de Agostinho da Silva, José Mário Branco, ou do cancioneiro popular, o espectáculo percorreu as ruas das alegrias e dos tormentos, do pão, do vinho, do trabalho no campo, da fome e da abundância, da voz, do grito e do silêncio. Uma procissão em que se aclama a identidade individual, projetando uma maior identidade colectiva para perceber o exacto tamanho de cada um.
O compositor referiu que "à voz, que encara como elemento primordial e “veículo de união”, juntou o “amor” que diz estar presente neste tipo de projetos. Acrescentou a marcha “como princípio comum” das questões políticas e sociais e não esqueceu a vertente religiosa, na qual as procissões desempenham “um papel muito forte”. O resultado é uma “Marcha das Almas” em que se caminha para dar voz às ideias num momento em que “se celebra ou enterra alguma coisa”.
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